Lutadores Criticam Jogos Olímpicos de Paris 2024: “Política Suja e Desrespeito ao Esporte”

A recente edição dos Jogos Olímpicos, realizada em Paris, trouxe à tona uma série de críticas vindas de figuras proeminentes do MMA, incluindo o campeão dos leves do UFC, Islam Makhachev, e o polêmico ex-desafiante ao título dos meio-médios, Colby Covington. As críticas variaram desde a exclusão de atletas russos até a cerimônia de abertura e a participação de atletas transgênero, acendendo um debate sobre o papel da política e da ideologia no esporte.

 

Islam Makhachev, campeão peso-leve do UFC, usou suas redes sociais para expressar sua insatisfação com a exclusão da Rússia das Olimpíadas de Paris 2024. Para Makhachev, a decisão de impedir que muitos atletas russos participassem do evento, com exceção daqueles que competiram sob bandeira neutra, é um exemplo claro de como a política suja corrompeu a pureza do esporte.

 

“É uma pena que a política tenha se infiltrado em um esporte tão nobre como a luta. Atletas que dedicaram suas vidas a esse sonho foram privados de realizar seus objetivos por causa de decisões políticas”, lamentou Makhachev em uma de suas postagens.

 

A decisão de limitar a participação russa nas Olimpíadas de 2024 é uma continuação das sanções impostas ao país desde 2016, após acusações de doping em larga escala. Desde então, a presença russa nos Jogos tem sido restrita, com atletas competindo sob condições que, segundo muitos críticos, penalizam indivíduos por decisões políticas alheias a eles.

 

Enquanto Makhachev denunciava o impacto da geopolítica no esporte, Colby Covington, conhecido por suas opiniões contundentes, atacava outros aspectos dos Jogos de Paris. Em um vídeo publicado na plataforma X, Covington criticou a cerimônia de abertura, que contou com a participação de artistas drag. Segundo ele, a cerimônia não apenas desrespeitou a fé cristã, mas também foi usada para promover uma agenda ideológica que ele considera inapropriada.

 

“As cerimônias de abertura deveriam ser um tributo às conquistas dos atletas, mas, em vez disso, transformaram-se em uma plataforma para impor uma agenda ideológica, zombando da fé cristã e promovendo imagens que considero pagãs e demoníacas. Isso é vergonhoso e desrespeitoso com todos que se dedicam arduamente para chegar aqui”, afirmou Covington.

 

Covington também se pronunciou sobre a participação de atletas transgênero, levantando preocupações sobre o que ele considera “vantagens biológicas” em competições femininas. Ele se referiu especificamente à boxeadora argelina Imane Khelif, que conquistou a medalha de ouro e foi alvo de acusações de ser transgênero, uma polêmica que ganhou força nas redes sociais. O COI, no entanto, rejeitou as acusações, afirmando que Khelif se identifica como mulher e que sua participação foi legítima.