Pressão: Conor McGregor, tem até hoje para informar à justiça o que ganhou com a venda de sua marca de uísque
O astro irlandês do MMA, Conor McGregor, conhecido em todo o planeta, tem até esta sexta-feira (10 de maio de 2024) para informar à Alta Corte da Irlanda o montante recebido com a venda de sua marca de uísque, Proper Nº 12, feita em 2021. A exigência faz parte de um processo movido por seu ex-companheiro de treinos, Artem Lobov, que reivindica ter direito a 5% das ações da companhia. Lobov alega que foi o criador inicial e cofundador do conceito de lançar uma marca de uísque irlandês associada a McGregor.
De acordo com Lobov, que possui um mestrado em negócios da DCU em Finanças e Mercados de Capitais, a ideia original da marca de uísque foi dele, e ele também contribuiu para a consolidação do negócio no início. O ex-lutador russo afirma que McGregor lhe prometeu uma participação de 5% na empresa. Lobov e McGregor eram amigos de longa data e parceiros de treinamento.
Em 2021, McGregor, junto com seus dois sócios — o empresário americano Ken Austin e o gerente Audie Attar — vendeu sua participação majoritária na Proper Nº 12 para a firma americana Proximo Sport, em um negócio avaliado em US$ 600 milhões (aproximadamente R$ 3 bilhões). Segundo o jornal “The Irish Sun”, a Alta Corte ordenou que o ex-campeão peso-pena e peso-leve do UFC divulgue quanto lucrou com a venda.
O advogado de Lobov, Dermot McNamara, comentou que o processo na Alta Corte foi movido para fazer valer o acordo com McGregor sobre a marca Proper Nº 12. “Meu cliente foi o criador inicial e cofundador da ideia de lançar uma marca de uísque irlandês associada ao Sr. McGregor. Como esses assuntos estão agora perante o tribunal, não faremos mais comentários”, disse McNamara.
Artem Lobov contou a Jordan Ellis do TalkSport em agosto que a ideia de Proper Nº 12 foi sua. McGregor estava considerando lançar uma empresa de vodka com o ator de Game of Thrones, Hafþór Björnsson, mas Lobov usou seu conhecimento empresarial para convencer McGregor de que ser o rosto de uma marca de uísque irlandês seria mais lucrativo.
Os advogados de McGregor negaram as alegações de Lobov, afirmando que a marca foi “criada, desenvolvida, marcada e incansavelmente promovida” pelo ex-campeão do UFC.
Em um outro cenário, Conor McGregor e Petr Yan chamaram a atenção com uma encarada inesperada durante uma luta de boxe.
Uma possível derrota na corte poderia custar a McGregor até 20 milhões de euros (cerca de R$ 110,8 milhões). McGregor nega ter cometido qualquer erro, mas admitiu que ofereceu US$ 1 milhão (R$ 5,1 milhão) ao seu antigo amigo, oferta que foi recusada.
Adicionalmente, Artem Lobov abriu outro processo contra o irlandês por difamação, depois que McGregor o chamou de “rato” em uma postagem nas redes sociais. O lutados foi absolvido de uma primeira acusação, o juiz disse que não estava convencido de que as declarações eram claramente difamatórias e que o leitor razoável não entenderia que a palavra “rato” tivesse o significado alegado pelo autor. “O insulto não feriu a reputação de Lobov aos olhos de membros razoáveis da sociedade sem mais contexto” disse o tribunal.
Robson Augusto – Revista Lutas