Brasil conquista sete medalhas no Pan-Americano Aberto de Parataekwondo

No primeiro evento oficial da seleção brasileira de Parataekwondo na temporada 2021, o Brasil conquistou sete medalhas, na histórica campanha no Pan-Americano aberto do México, disputado na quinta-feira, dia 3/6. Foram dois títulos, duas pratas e três bronzes. O trio classificado para os Jogos Paralímpicos, formado por Debora Menezes, Nathan Torquato e Silvana Fernandes apresentou boas atuações e garantiram três das sete medalhas conquistadas pela equipe.

– Essa competição foi muito importante para o trabalho da nossa equipe, porque foi a primeira oportunidade de competir depois de um ano e quatro meses. Poder competir e ter um retorno do que ainda é necessário ajustar nesta reta final de preparação até os Jogos é essencial. Este evento mostrou que conseguimos manter um alto nível técnico, sem sentir tanto o tempo fora das competições. Outro fator de destaque foi que os nossos atletas conseguiram vencer os confrontos de alto nível técnico, contra atletas de destaque no ranking mundial – comentou o coordenador de Parataekwondo, Rodrigo Ferla.

Um dos destaques veio na dobradinha de ouro e prata, na categoria até 58 quilos. Antes do confronto final entre a campeã Silvana Fernandes e a também brasileira Cristhiane Neves, Silvana enfrentou a dinamarquesa, Lisa Gjessingna na semifinal e levou a melhor, quebrando a série de invencibilidade da carreira da atleta da Dinamarca, uma das favoritas da categoria para os Jogos de Tóquio.

– Conseguimos fazer uma reestreia muito boa, depois de mais de um ano parados. Nunca perdemos o foco de conquistar um bom resultado aqui e nos Jogos Paralímpicos. Com esse resultado sabemos que a expectativa de uma medalha em Tóquio só aumenta, mas também aumenta a vontade de treinar para conquistar o ouro – comentou Silvana Fernandes.

Na categoria pesada feminina, acima de 58 quilos, o Brasil garantiu três representantes no pódio. Débora ficou com a prata, após sofrer uma lesão no último round da decisão, contra a mexicana Daniela Andrea. Débora estava vencendo quando teve que abandonar o confronto. Após a avaliação médica do joelho, passa bem. Leylianne Samara e Ana Carolina Silva fecharam o pódio.

– Foi uma excelente oportunidade para todos nós, que vamos disputar os Jogos (Paralímpicos), de mostrar que estávamos no caminho certo, durante esses 15 meses de pandemia quando ficamos somente treinando. Estou muito feliz com o resultado da equipe e com o meu, apesar da pancada que tive na luta final, deu tudo certo – analisou Débora Menezes.

No masculino, o Brasil contou com as medalhas de ouro e o bronze na categoria até 61 quilos. Nathan Torquato fez valer seu favoritismo e conquistou o título, sem muitas dificuldades. Já Fabrício Marques demonstrou evolução nos confrontos e garantiu a terceira colocação.

– Tive duas lutas, porque tive essa vantagem na chave, por ser o atleta melhor “rankeado” no evento. Nos dois combates fui muito bem, conseguindo me impor taticamente e estou muito feliz, mas nunca satisfeito. Sei que temos muito o que melhorar e ajustar para os Jogos. Esse evento foi um preparatório e estou muito feliz com esse título. Quando chegar em Tóquio vou me empenhar ao máximo para conquistar o Ouro para o Brasil – finalizou Nathan Torquato.

A delegação contou com o suporte dos treinadores Rodrigo Ferla e Alan Nascimento, com a fisioterapeuta Elisa Pilarski e a médica Natália Mourão.

A equipe retorna neste sábado ao Brasil e realizará uma semana de treino em São Paulo, antes de embarcar para o próximo compromisso, o Aberto da Ásia, no Líbano, no dia 15 de junho.

MARIANA DE SÁ  / Assessora de Comunicação – CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TAEKWONDO – CBTKD